Tipo, se seu chefe, ou alguém realmente sério no caso da Bathatha (*hihihi*), estiver lendo isso aqui, aconselho voltar mais tarde. A gargalhada é inevitável.
I
Jotapê: Putz, meu cabelo tá de roqueira.
BB: ...
Jotapê: NÃO TÁ?
BB: Tá. Roqueira dos anos 20.
Jotapê: Boa noite.
II
Jotapê: E se eu te dissesse que arrumo todo o meu quarto para você ir dormir lá comigo?
BB: NÃO.
Jotapê: Ai, calma, que grossa...
BB: Quero dormir em paz.
Jotapê: E se eu te pedisse para lavar sua louça agora?
BB: Eu te mandaria tomar no cu.
Jotapê: Então vai lavar a louça já. HAHAHAHAHA!
BB: ...
Nisso Jotapê sai correndo (e gargalhando) do quarto de BB com a mão na bunda, coberta apenas por uma calcinha.
BB: Por que você tem que tapar justo a bunda? Se eu te acertar na bunda vai ser a parte mais fofa e a que menos vai doer.
Jotapê: Ah, sei lá, achei que você fosse me chutar.
III
BB: Marcelinho*, deixa eu te dar um beijo de boa noite, vai?
Jotapê: Ah, Bibinha... Você sempre pede para dar um beijo e acaba me lambendo e mordendo.
* Marcelinho é como chamo minha irmã agora, que ela rapou o cabelo e tá um mocinho muito fofo.
IV
Jotapê: Bi, consegui baixar o kazaa!!
BB (irônica): Puxa, mas que legal. Jóia mesmo. [Ela não parou de encher o saco a noite toda por causa dessa porra]
Jotapê: Ai, Bi, credo. Vai pra puta que te pariu.
BB: A puta que me pariu é a puta que te pariu.
Jotapê: Não chama a mamãe de puta!
Então sabadanoite tenho uma festa a fantasia. Não sei se vou porque não gosto de festas a fantasia e quem já me obrigou a comparecer a alguma viu o quanto eu fico irritada com as piadas idiotas que todas as fantasias suscitam.
Não, não tenho o menor senso de humor. Não nessas horas.
Estou longe de ser uma pessoa carrancuda, mas festas a fantasia dilaceram meu fígado. Odeio pessoas com fantasias extremamente egoístas, que ocupam o espaço de umas cinco pessoas na pista. Odeio homens que chegam mascarados de tico e teco e se acham fofos e simpáticos assim. Odeio as fadinhas. Odeio os fantasiados de garçon, geralmente detentores do chaveco mais furado. Mas odeio mesmo as fantasias grandes. Com rabos e hastes e abas e caudas. Aí, claro, a pessoa não percebe que a fantasia é ligeiramente espalhafatosa e que trocentas abas da roupa dela estão esbarrando nas trocentas abas da roupa de outra pessoa, que também não percebe. E aí a entropia fica insuportável. O caos.
Na última festa a fantasia a que fui, em Alphaville, tive que voltar dirigindo o carro de uma amiga que estava competamente bêbada e me socou no meio da marginal para parar o carro e ela poder vomitar - o que, claro, não fiz, afinal não se estaciona na marginal, néam? Detalhe para o fato de que na época eu não estava pegando estrada porque as *dorgas* que eu tomava me davam vertigens. Mas nesse caso eu não só quis dirigir como quase saí no braço para fazê-lo.
Na penúltima festa a fantasia a que fui, um cussão quebrou o coração da minha irmã. Quando íamos embora, minha irmã segurando o choro, começou um puta pau ao nosso lado. No empurra-empurra e tentando proteger minha pequena, derrubei uma moto (não me pergunte o que fazia uma moto estacionada *dentro* da festa) e me arranhei.
Na antepenúltima festa a fantasia a que fui, desbravei pela primeira vez territórios da Lapa. Era inverno, chovia muito, eu me pedi diversas vezes dentro de um carro lotado e fechado e embaçado na noite escura. Quando chegamos, desejei jamais ter achado o buraco. Era inverno, mas a festa estava um inferno de quente. Havia umas 300 pessoas. A capacidade deveria ser para, tchovê, 50 pessoas. Com fantasia, 20. Meu chapéu de bruxa era puxado a cada cinco passos (ou tentativa de).
Em nenhuma delas eu devo ter ficado mais que um par de horas.
Se um dia eu fosse fazer uma festa desse tipo, temática, com certeza não seria a fantasia. Quem sabe festa dos fetiches? Não seria bem mais divertido e bem mais original e bem mais *altruísta*?